REDESCOBRIR-SE - POR RENATA VANNIER*




Quantas vezes você já assistiu a um filme antigo que lhe transportasse para um passado bem distante de sua vida? Ou quantas vezes você mexeu em seus arquivos fotográficos e ficou desejando voltar no tempo? Quantas vezes ainda, assistiu a vídeos familiares e começou a recordar o bom tempo em que viveu? E aquela música, que faz você voltar no tempo? Pois bem, eu já tive essa sensação, esse desejo, várias vezes. Para falar a verdade, centenas de vezes. Seja por pura saudade ou por vontade de voltar a ser aquela pessoa de novo.
Às vezes, passamos por uma fase difícil em nossas vidas e começamos a almejar aquilo que tínhamos ou simplesmente éramos. Pensamos, mesmo que por um pequeno instante, que éramos melhores e mais felizes no passado. Antes dos acontecimentos grandiosos, antes das decepções, antes das lutas.
Uma criança, quando acaba de ganhar um brinquedo novo, não desgruda dele. Carrega para todos os lugares, mostra para todos o que tem. E em muitas das vezes, chega a pensar que não teria nenhum brinquedo melhor que aquele até o momento que, seu pai chega com um novinho em suas mãos, e tudo se modifica. Pode nesse mesmo momento, haver um certo tipo de resistência também, mas se modifica.
Analisando bem, podemos dizer que os brinquedos são os momentos em nossas vidas. São eles os agentes transformadores de nós mesmos e ao mesmo tempo, quem determina quem nós somos ou seremos. Quando estamos passando por uma fase dífícil em nossas vidas, às vezes achamos que ele nunca passará. E quando é um momento muito bom, achamos que é eterno. Puro engano.
A vida vive em transformação. Por vezes, diante das dificuldades, achamos até que perdemos um pouco da nossa identidade, que nos escondemos atrás de coisas e pessoas, até Deus te dar um novo “brinquedo”. No primeiro momento, nós como crianças que somos, podemos até relutar e não querer aceitar, mas aos poucos, vamos aprendendo a integrá-lo em nosso dia a dia.
Quando estamos em momentos de transição, é difícil. É difícil porque não sabemos o que nos espera. É dífícil, porque humanos e imperfeitos como somos, seguimos a tendência de nos agarrar a coisas e pessoas e achar que já chegamos ao ápice de nossas vidas ao ponto de nos fecharmos para o novo.
Daí, com o novo brinquedo surpresa, fazemos uma viagem, conhecemos novas pessoas, vamos a lugares nunca visitados, e estreitamos novos relacionamentos. Nessa caminhada, você pode até não perceber as mudanças e o novo de Deus pra sua vida. Mas elas chegam. Chegam e fazem você perceber ainda que aquela pessoa que você via em fotografias, relembrava em vídeos, aquela pessoa que você queria tanto voltar a ser voltou, só que muito melhor. Porque até a lagarta sofre todo um processo para se transformar em borboleta.
Viva, abra-se para o novo de Deus em sua vida. Redescubra-se. Porque o melhor ainda está por vir.


*Renata Vannier é jornalista.

(Texto especialmente desenvolvido para a Minha Revista - última edição /  Coluna TPM Blog)

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