Quantas vezes você já assistiu
a um filme antigo que lhe transportasse para um passado bem distante de sua
vida? Ou quantas vezes você mexeu em seus arquivos fotográficos e ficou
desejando voltar no tempo? Quantas vezes ainda, assistiu a vídeos familiares e
começou a recordar o bom tempo em que viveu? E aquela música, que faz você
voltar no tempo? Pois bem, eu já tive essa sensação, esse desejo, várias vezes.
Para falar a verdade, centenas de vezes. Seja por pura saudade ou por vontade
de voltar a ser aquela pessoa de novo.
Às vezes, passamos por uma
fase difícil em nossas vidas e começamos a almejar aquilo que tínhamos ou
simplesmente éramos. Pensamos, mesmo que por um pequeno instante, que éramos
melhores e mais felizes no passado. Antes dos acontecimentos grandiosos, antes
das decepções, antes das lutas.
Uma criança, quando acaba de
ganhar um brinquedo novo, não desgruda dele. Carrega para todos os lugares,
mostra para todos o que tem. E em muitas das vezes, chega a pensar que não
teria nenhum brinquedo melhor que aquele até o momento que, seu pai chega com
um novinho em suas mãos, e tudo se modifica. Pode nesse mesmo momento, haver um
certo tipo de resistência também, mas se modifica.
Analisando bem, podemos dizer
que os brinquedos são os momentos em nossas vidas. São eles os agentes transformadores
de nós mesmos e ao mesmo tempo, quem determina quem nós somos ou seremos. Quando
estamos passando por uma fase dífícil em nossas vidas, às vezes achamos que ele
nunca passará. E quando é um momento muito bom, achamos que é eterno. Puro
engano.
A vida vive em transformação.
Por vezes, diante das dificuldades, achamos até que perdemos um pouco da nossa
identidade, que nos escondemos atrás de coisas e pessoas, até Deus te dar um
novo “brinquedo”. No primeiro momento, nós como crianças que somos, podemos até
relutar e não querer aceitar, mas aos poucos, vamos aprendendo a integrá-lo em
nosso dia a dia.
Quando estamos em momentos de
transição, é difícil. É difícil porque não sabemos o que nos espera. É dífícil,
porque humanos e imperfeitos como somos, seguimos a tendência de nos agarrar a
coisas e pessoas e achar que já chegamos ao ápice de nossas vidas ao ponto de
nos fecharmos para o novo.
Daí, com o novo brinquedo
surpresa, fazemos uma viagem, conhecemos novas pessoas, vamos a lugares nunca
visitados, e estreitamos novos relacionamentos. Nessa caminhada, você pode até
não perceber as mudanças e o novo de Deus pra sua vida. Mas elas chegam. Chegam
e fazem você perceber ainda que aquela pessoa que você via em fotografias,
relembrava em vídeos, aquela pessoa que você queria tanto voltar a ser voltou,
só que muito melhor. Porque até a lagarta sofre todo um processo para se
transformar em borboleta.
Viva, abra-se para o novo de Deus
em sua vida. Redescubra-se. Porque o melhor ainda está por vir.
*Renata Vannier é jornalista.
(Texto especialmente desenvolvido para a Minha Revista - última edição / Coluna TPM Blog)
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